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João Valente | Maria Pita Guerreiro | Dion Soethoudt  |  Fevereiro 2017

Bio

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João Abreu Valente licenciou-se em 2008 no curso de Design de Equipamento da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, tendo realizado o mestrado – Contextual Design na Design Academy Eindhoven em 2012.

Desde 2006 que tem sido convidado para integrar exposições de design na Alemanha, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália, Luxemburgo e Portugal. Em 2015 ganhou o prémio nacional de design para jovens designers – Prémio Daciano da Costa.

Recentemente estabeleceu-se em Lisboa onde abriu o seu próprio estúdio de design e trabalha em colaboração com Maria Pita Guerreiro. Em junho de 2013 abriu uma nova galeria de design contemporâneo – Arquivo 237.

Interessa-se pela pesquisa de novos processos de produção e tem vindo a desenvolver trabalho nas áreas de design de exposições, mobiliário e produto.

 

www.jav.pt

 

 

Maria Pita Guerreiro licenciou-se em Design de Produto na FBAUL, durante o qual estudou fora por um semestre na “Complutense” de Madrid, ficando a conhecer outras vertentes do Design. Também estudou Pintura e Design Gráfico, o que lhe deu um sentido mais sensível para olhar para os seus projectos. É atraída por texturas , diferentes materiais e formas elementares, acreditando sempre que a simplicidade da forma é a chave do seu trabalho. Colabora com João Abreu Valente desde Maio de 2014.

 

www.mariapitaguerreiro.com

 

 

Dion Soethoudt é um coelho bebé e uma árvore antiga. Isto para dizer que: o Dion é feito de contrastes. É capaz de passar horas a trabalhar nos mais pequenos detalhes ou muito afincadamente na imagem geral de um projecto. Forte e rude ou sensível, vulnerável. Menos que um suspiro ou o maior dos barulhos. Um homem demasiado seguro de si próprio e o rapaz mais inseguro do mundo – Quem sabe?

 

A energia interminável do Dion flui para os seus muitos projectos. Ele tem uma maneira de descobrir os detalhes mais importantes numa situação banal e achar maneiras humorísticas ou inventivas de os fazer visíveis a todos.

 

www.dionsoethoudt.nl

 

Projecto

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Já era um objectivo traçado trabalhar o Basalto e a Residência no Pico do Refúgio veio completar este desejo. O foco inicial da residência passou por um processo de pesquisa que foi transversal às diferentes propriedades do Basalto e que se dividiu entre as características plásticas e as especificidades geológicas dos diferentes tipos de pedras locais. O trabalho desenvolvido ao longo da residência teve uma abordagem em diversos panoramas, partindo de experimentações tanto plásticas como funcionais.

 

Residência organizada pelo Pico do Refúgio – Casas de Campo com o apoio do Instituto Cultural de Ponta Delgada.

 

 

CRYPTOMERIA 

O Pico do Refúgio, era anteriormente uma fábrica de chá e neste seguimento quisemos manter o ambiente industrial presente, recriando o transporte de barrotes de madeira nas áreas industriais. A madeira escolhida, tal como o nome do projecto indica, é cryptomeria, uma madeira característica dos Açores e apropriada a ambientes húmidos.

O barrote foi cortado a partir do centro do tronco, o que significa que nas pontas do candeeiro é possível identificar o padrão das circunferências da árvore. Os tubos metálicos que seguram a estrutura são ocos por dentro de modo a suportar todo o sistema eléctrico pelo seu interior, destacando assim o barrote de madeira.

 

A projecção de luz, por se tratar de um espaço muito amplo, com tecto alto onde as necessidades exigidas são opostas: luz ambiente / geral e focos de luz nas zonas de convívio e lazer. A Cryptomeria Lamp tem iluminação dupla, sendo que cada barrote tem 4 lâmpadas, duas com incidência para cima e duas para baixo, de maneira a que a luz chegue a todo o lado e de forma eficaz.

 

BASALTO – Povoação 

Bases para quentes desenhadas a partir da pedra de Basalto da Povoação.

A utilização deste tipo de basalto prende-se não só pela diversidade plástica que apresenta mas também pela sua funcionalidade geológica, tendo uma óptima capacidade de absorção de calor. E que por consequência, tradicionalmente, este tipo de basalto servia para a construção de lareiras e fornos.

Nas bases foram utilizados os dois tipos de Basalto da Povoação para criar um padrão único. Estas completam-se, sendo o excesso de uma o interior da outra.

 

BASALTO – Olivina 

Tábua de corte desenhada a partir da pedra de Basalto de Olivina e madeira de Metrosíderos. A escolha desta pedra passa pelo acabamento que este tipo de basalto pode oferecer, por ser uma pedra mais densa permite ser polida dando-lhe um toque macio e delicado. A madeira de Metrosíderos é por defeito uma madeira muito dura, devido ao seu crescimento lento. O nome deriva do grego metra ou “madeira do cerne” e sideron ou “ferro”, o que faz referência à dureza da madeira.

 

PICO LAMP 

A Pico Lamp foi um processo contínuo de pesquisa das propriedades do basalto, posteriormente à residência, com o objectivo de compreender as suas características essenciais e usá-las em conformidade, identificando a relação entre o produto e o seu possível uso.

O basalto foi utilizado na sua forma mais pura e comum, com a importante característica de densidade que, por consequência, desafia a sua suspensão. O material complementar é o latão, uma escolha elegante e suave que aumenta a rugosidade da pedra, combinados num jogo de formas elementares.

 

Projecto comissariado pela VICARA, Exploratory Design.

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