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Andrea Santolaya |  Janeiro 2017

Bio

Andrea Santolaya (Madrid, 1982) ganhou o seu mestrado em Belas Artes na School of Visual Arts de Nova York, onde ela também trabalhou para Manolo Valdés fotografando suas esculturas monumentais na cidade de Nova York. Anteriormente, ela fez o making-of do filme documentário “El honor de las Injurias” dirigido por Carlos Garcia-Alix. É autora do livro “Manolo Valdés. NY Jardim Botânico” com La Fábrica Ed. Este livro ganhou o primeiro prémio para a melhor publicação de arte de 2014 pelo Ministério da Cultura e do Desporto de
Espanha. A sua obra tem sido publicada por vários meios de comunicação ao redor do mundo: El Pais, El Mundo, Yo Dona, Papel, Esquire, Forbes, IVAM museu, SVA New York e Smithsonian Journeys entre outros.

Andrea tem exibido em França, Itália, Venezuela, México, Estados Unidos e seu país de origem Espanha. A sua primeira exposição individual “Around” foi em torno das mulheres pugilistas na Galeria Marlborough, em Madrid como parte do PhotoEspaña Festival 2011. Em 2012 “Y cuando abrí los ojos … ya estaban allí” na Galeria Freites de Caracas, Venezuela e “Prelude” em Mondo Galeria, Madrid, Espanha. Em 2014 “Cartes de visite” foi apresentado no Palau de la Música, em Valência, Espanha. E, mais recentemente, em 2016, “Nation rugby” no Instituto Francês de Madrid e “Waniku. Donde retumba el agua” na Galeria Freites de Caracas.

Ao longo da sua carreira, Andrea Santolaya tem estabelecido uma linguagem particular, com um especial interesse em retratar pequenas comunidades onde a intemporalidade tem sido um ponto de encontro. Desde o Ballet Mikhailovsky em São Petersburgo, na Rússia; à etnia Warao no Delta do Orinoco, na Venezuela; o mundo do boxe em Nova York, ou a centenária equipe de rugby Biarritz Olympique, em França. O seu trabalho fotográfico quer iniciar um diálogo com o espectador e mostrar a intimidade dos lugares, os personagens que habitam a história, a mão do homem e como debatese no seu ambiente natural ao longo do tempo.

 

Projecto

Durante a sua residência em São Miguel, o conceito do seu trabalho focou-se na idea de se estar isolado numa ilha (a partir dos sonetos de Antero de Quental e a sua ideia da existência).

 

Ao longo da sua carreira, Andrea Santolaya tem estabelecido uma linguagem particular, com um especial interesse em retratar pequenas comunidades onde a intemporalidade tem sido um ponto de encontro. Desde o Ballet Mikhailovsky em São Petersburgo, na Rússia; à etnia Warao no Delta do Orinoco, na Venezuela; o mundo do boxe em Nova York, ou a centenária equipe de rugby Biarritz Olympique, em França. O seu trabalho fotográfico quer iniciar um diálogo com o espectador e mostrar a intimidade dos lugares, os personagens que habitam a história, a mão do homem e como debate-se no seu ambiente natural ao longo do tempo.

Durante a sua residência em São Miguel, Andrea escolheu os faroleiros desta ilha para desenvolver o seu trabalho.

“O farol é uma ligação entre a terra e o mar. A transmissão de informações para o navegador é essencial e orienta-o durante a noite para chegar a um porto seguro. Tanto o faroleiro como o fotógrafo, usam a luz e o tempo para gerar uma mensagem.

No entanto, um farol não tem sentido sem a figura do faroleiro, que articula com cuidado a língua luminosa para orientar os seus navegadores. Falar de faróis é conversar sobre isolamento, melancolia, imaginação e lenda, mas sobre tudo é falar de segurança para os homens do mar.

O que quer dizer ter o poder de luz no ponto mais ocidental do continente Europeu? Que acontece quando o oceano é o único elemento que envolve uma população? O que acontece quando a terra mais próxima fica a 1375 km? O que significa estar isolado, se a pessoa vive numa ilha? Porque afinal, a minha pesquisa gira em torno do sublime e enigmático, do viver num arquipélago no meio do Atlântico Norte
.


Foi através de pequenas comunidades que visitou, como as senhoras que trabalham com o chá (terra), a ligação como o mar através dos faroleiros e da Marinha (embarcando no NRP “Viana do Castelo”) que quis fazer testemunho dessa ideia de solidão, a prisão de Ponta Delgada,. Aquilo que questiona é: existe um síndrome de ilha? Pode uma pessoa estar isolada física e psiquicamente?

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