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Miguel Palma  |  Novembro 2015

Bio

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Nasce em 1964 em Lisboa, onde vive e trabalha atualmente. Expõe regularmente desde o final dos anos 80. Nos anos 90 consagrou-se como um dos artistas portugueses mais inovadores. O seu percurso artístico, de base escultórica, é marcado por instalações produzidas de forma não tradicional. O artista trabalha frequentemente em grupo com equipas de engenheiros, mecânicos, carpinteiros e biólogos, entre outros especialistas. O trabalho tem vindo a orientar-se numa direção híbrida, ligada à produção industrial do século XX.

A obra de Palma aborda frequentemente o modo como a tecnologia tem influenciado a vida do homem moderno, a sua relação com o ambiente, a ideia de conforto humano ou mesmo a ideia de poder. Paralelamente à construção de instalações, de grande e média escala, o artista recorre frequentemente ao desenho e à construção de miniaturas dos seus projetos. Estes trabalhos funcionam simultaneamente como registo do processo de trabalho mais intuitivo do artista como também objetos de fruição estética. Para além disto, o artista produz também vídeo, livros de artista e performances.


Desde 2007 que participa regularmente em residências artísticas internacionais como: Location One (Nova Iorque, E.U.A.), Headlands –Center for the Arts (Califórnia, E.U.A.), Château de Servières (Marselha, França), Desert Initiative art residency (Phoenix, E.U.A), ISCP Residency Program (New York, E.U.A.) entre outras. 

Projecto

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A residência de Miguel Palma no Pico do Refúgio originou um vasto corpo de trabalho, que foi exibido inicialmente na Galeria Fonseca Macedo e no Museu Carlos Machado. Os trabalhos inspirados na residência fizeram parte, posteriormente, de exposições nacionais e internacionais.

 

O trabalho “Backstage of an Island” assenta na construção de uma escultura que se assemelha a uma tenda mas que, em vez de ter a forma de uma pirâmide ou de uma semi-esfera, tem a morfologia da ilha de São Miguel. À semelhança de uma tenda de campismo, é uma peça portátil, fácil de montar e desmontar. Este equipamento é constituído por uma base de madeira, com cerca de dois metros e cujo recorte se relaciona com a vista aérea da ilha de São Miguel. Esta base é revestida por um tecido impermeável e de cor lisa, que dá a ilusão da morfologia da ilha.

A escultura "Origem do mundo foi construída nestes últimos meses, partindo de uma ideia de cascata. Em 2013, desenhei uma queda de água muito semelhante a esta com exceção de um sistema de vídeo que, na altura, me pareceu fundamental. Esta escultura, que transporta água no seu interior, remete-nos para a abundância de água que a Ilha oferece. Num sistema transparente e fechado, a água circula passando por uma série de aparelhos de laboratório, também eles transparentes. Esta peça é um sistema que replica a natureza."

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